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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Um Falsário Astucioso - Dilson Pinheiro e Paulo de Tarso, o poeta de Tauá.

UM FALSÁRIO ASTUCIOSO.
DILSON PINHEIRO E PAULO DE TARSO, O POETA DE TAUA.


De um falsário astucioso
É difícil se livrar
Quando começa a falar
Muito bem malicioso
Com fala mansa e jeitoso
Vende vermelho pra luto
Engana sábio ou matuto,
Industrial ou plebeu,
Engana a quem já morreu
Tem sucesso absoluto.

Poeta Dilson Pinheiro
Conheceu um cabra assim
Bem mentiroso e ruim,
Ganancioso e ligeiro
E para ganhar dinheiro
Não perdia ocasião
Para fisgar um tostão
Qualquer coisa ele fazia
Pois tentou vender um dia
Pertences de Lampião:

“Da casa de Lampião
Quis vender uns azulejo
E disse que um realejo
Pertencia a Gonzagão
Me apontou um colchão
Que Tiradentes morreu
Trouxe o punhal de Romeu,
Amante de Julieta,
Uns tijolo da mureta
Que Airton Senna bateu”.

Quis me vender também
A arpa que foi de Nero
Eu disse logo: - Eu não quero.
Ele falou: - Tudo bem,
Eu não vou forçar ninguém
Vou lhe dar outra opção
Me apontou um Carrilhão
Da sala da Santa Ceia
E de couro uma correia
Que Jesus tangeu o cão.

Umas foto bem grandona
Quando olhei disse: - É montagem
Uma freira com tatuagem,
Uma japonesa loirona,
O Papa Bento na Zona,
Romeu Tuma achando graça,
Ciro e Serra numa praça,
De mãos dada discursando
E Juraci enjeitando

Uma dose de cachaça…”

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Até o Mar Tem Vontade de Ser Desse Meu Torrão.

ATÉ O MAR TEM VONTADE
DE SER DESSE MEU TORRÃO.
Versos: De Paulo de Tarso, o poeta de Tauá.

Eu nasci no Ceará,
No sertão dos Inhamuns,
Com seus feitos incomuns
Minha cidade é Tauá
Outra mais bela não há
Por esse imenso rincão
Digo sem tapeação
Para mostrar a verdade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

De passar lá no Trici
Visitar a Confiança,
Daquele chão de bonança
Descer para o Calumbi
E demorar por ali
Fazendo visitação
Vendo cada cidadão
Com toda simplicidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Visitar Santa Tereza
Da minha terra a mais bela
Comprovando assim que ela
Já possui muita grandeza
Essa terrinha beleza
Nos dá sim satisfação
Sendo assim grande opção
Para passar a cidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Relembrar com alegria
De Miguel Gomes de Freitas
Homem de coisas bem feitas
Nas lutas do dia a dia
Domingos Gomes, magia
O médico nosso irmão,
Bom prefeito e cidadão
Amigo sem falsidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Relembro Nelo e Lisboa
Os dois irmãos deputados
Até hoje respeitados.
O Câmara é gente boa,
Domingos, outra pessoa
Que fez iniciação
Patriarca Cidadão
Foi prefeito da cidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Outro cidadão de brilho
Que vai aqui ser lembrado
Foi um grande deputado
Ilustre Domingos Filho
Seguindo sempre no trilho
Nosso vice sensação
Exerceu com retidão
E a mais pura lealdade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Distrito Carrapateiras
Terra de grande valor
Povo de muito vigor
Com nascentes corredeiras
Nas sombras das gameleiras
Naquele seco sertão
Temos escrituração
De uma imensa beldade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Descer pela Barra Nova
De Bom Jesus a Belém
E comprovar que ali tem
Gente que gosta de trova
Na plantação cavar cova
Tendo também produção
De milho, cana e feijão.
É mesmo um chão de verdade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Chegar lá na Vera Cruz
No Distrito de Inhamuns
Encontrando ali alguns
Filhos de bastante luz
Nosso Viana conduz
Grande comunicação
Tem o Carlos, seu irmão
Os dois estão na Cidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Indo até o Marruás
Ver por lá família mota
Seu Joaquim sempre na rota
Um cidadão bem capaz.
E Haroldo Mota, o mais
Entendido cidadão
Quando é legislação
De eleição de verdade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Nas Marrecas vou chegar
Demonstrando minha fé
Jesus, Maria e José
Vão sempre me orientar
Vou nos Caracas falar
Boanerges foi cidadão
Exemplo de retidão
Homem de capacidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Nossa sede Distrital
Boa parte está na rua
Com toda beleza sua
Povo de elevado astral
Temos no Junco e Lustal
Uma grande produção
A nossa população
Ausente sente saudade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Relembrar ilustres filhos
E muita gente do povo
Nestes meus versos promovo
Nossa gente com seus brilhos
Advogado nos trilhos:
Carlos Gomes, Sensação,
Compositor do Sertão.
Doutor Alberto, saudade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Doutor Júlio, tem destaques
Joel e Vicente Fialho
Políticos com trabalho.
No futebol muitos craques
Nas defesas e ataques,
Porém cito um campeão
Luiz Geraldo, cracão
Com muita velocidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

O nosso Alceu, grande nome
Na memória ficará
Comerciante em Tauá
E da lembrança não some.
Um outro aqui de renome
Filólogo, em toda nação
E Fausto Barreto, então
Era da minha Cidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

O nosso Joaquim Pimenta
Um jurista de valor.
Aurélio, bom professor,
A nossa saudade aumenta,
Poesia quase benta
Daquele dileto irmão
Que deixou nosso sertão
Com uma imensa orfandade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Clotilde bem promissora
Francisca vinha primeiro
Traçou bonito roteiro
Excelente professora
Uma mulher sofredora
Que escreveu com razão
Falando em separação
O seu livro é raridade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Nossa “Maria Garupa”,
O “Colorau” e “Tenente”,
“Bitonha” muito valente,
Tinha “Arara” dando upa
“Cherrane” com sua lupa
E bicicleta na mão
Andava na região
Cheio de felicidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Nas famílias também falo
Gonçalves, Marques Feitosa,
Loiola, Sena, Pedrosa,
Gomes de Freitas, no embalo
Barretos, Limas, escalo
Scarcelas e Leitão,
Cavalcante povo irmão,
Os Carvalhos com beldade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Alexandrino, Castelo,
Almeida, Pires, do Ó,
Os Silva, Sousa e Citó,
Marcelino, Castro, Melo,
Fortuna, Matias, elo,
Nascimento, sensação,
Setúbal no meu sertão,
Moreira, Sales, verdade
Até o Mar tem vontade
De ser desse Meu Torrão.

É Tauá terra querida
De Antônio Vieira Gomes
Faltaram sim, vários nomes.
Na estrofe de despedida
Peço a meu Deus pela vida
De todo bom cidadão,
Para o tauaense irmão
Digo com sinceridade
Até o mar tem vontade

De ser desse meu torrão.